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 Assessor da Comissão para a Ação Missionária da CNBB comenta mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões, celebrado neste domingo, 24

 

O assessor da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Daniel Luz Rocchetti, SAC, comenta a mensagem de Francisco. 

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O padre palotino, também doutor em Missiologia pela Pontifícia Universidade de Roma, reforça que, desde a década de 1920, acontecem jornadas de oração e conscientização das atividades missionárias da Igreja Católica. Elas acontecem em outubro. Para celebrá-las em todo o mundo, os Papas escrevem uma mensagem. Esta é sempre inspirada por um texto bíblico que, por sua vez, ilumina a reflexão missionária.

A frase do tema deste ano foi extraída daquele episódio em que os apóstolos Pedro e João são proibidos pelos membros do Sinédrio de continuarem anunciando Jesus e seus ensinamentos. 

“Diante daquela proibição, Pedro responde incisivamente: ‘Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos’. De fato, a experiência de salvação com Jesus, reconhecendo-O Redentor e rendendo-se Seus discípulos, não pode ser algo do passado, mas deve incidir na vida do fiel e impulsioná-lo a anunciar. Foi assim nos inícios da vida cristã e o é, hoje, nesta hora da Igreja atual”, reflete padre Daniel.

Atos dos Apóstolos e a missão da Igreja

O livro em que o tema foi extraído é o dos Atos dos Apóstolos. O sacerdote palotino afirma que este é o livro bíblico missionário por excelência. Ali a Igreja nascente assume a sua essência. 

“Testemunhar e anunciar a fé em Jesus Cristo, abraçando os Seus ensinamentos e concretizando o Seu mandamento, que é o Amar. Mesmo às custas de perseguições e até morte, pois sabemos de tantos mártires.”

O Decreto Ad Gentes do Concílio Vaticano II, lembra padre Daniel, declara que a “Igreja é, por sua natureza, missionária”. “Ou seja, a Igreja é uma comunidade testemunhal: testemunha, por seu modo de ser e agir, de atuar no mundo, o modo de ser e agir de Nosso Senhor”.

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Em Atos dos Apóstolos, é possível ver como a notícia sobre Jesus foi se espalhando. Ela ganhou corações, converteu judeus e pagãos, destaca o presbítero. Ainda de acordo com ele, o livro bíblico é mais do que um relato histórico. Ele é a entrega de uma herança, para que os católicos não percam a esperança e também sejam fortes e fiéis, anunciando-O.

Neste sentido, padre Daniel afirma que é urgente que homens e mulheres reassumam a vocação missionária. “Todos, todos os batizados, no estado de vida que assumimos, poderão ser um grande missionário lá onde o Senhor nos enviou, nos colocou!”, sublinha.

Dificuldades para a ação missionária da Igreja

Em sua mensagem para a data, o Papa Francisco recordou que os primeiros cristãos começaram a sua vida de fé em um ambiente hostil e árduo. A pandemia também gerou dificuldades para a ação missionária da Igreja, mas o sacerdote comenta que os problemas sempre existiram.

O Papa João Paulo II, no documento missionário Redemptoris Missio afirmou que a missão ainda está nos seus inícios, reforça padre Daniel. “Isto em pleno século XX! E ainda acrescentou, no segundo parágrafo daquele documento, que a crise missionária é fruto de uma crise de fé!”.

“Ou seja, se existem inúmeras dificuldades exteriores – como a que recentemente enfrentamos quando a pandemia estourou e espalhou-se pelo mundo – é certo também que a maior e mais desafiadora dificuldade para a missão é a crise e a falta de fé, ou seja, são as incoerências e desafios internos da Igreja”, ressalta.

Deste modo, padre Daniel esclarece que tanto no enfrentamento dos desafios exteriores, como o foi a pandemia, quanto no enfrentamento dos desafios interiores, como são as incoerências de quem crê, o modo de superação é a vivência sincera e viva da experiência de fé em Jesus.

Jesus, ressalta o presbítero, não se rende a partidarismos, polarizações ou ideologias de qualquer tipo. Estas geram tensões, ferem a unidade. “Que não caiamos nesta tentação, e que Ele reascenda em nós o desejo de testemunhar autenticamente o Seu nome!”, exorta.

Ser missionário da compaixão e da esperança

Padre Daniel afirma que, em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões 2021, o Papa Francisco fala de dois “tipos” de missionários. São eles: missionários da compaixão e da esperança.

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“Compaixão e Esperança! Sim, sabemos quem é a compaixão encarnada, a esperança encarnada: sabemos que é Jesus Cristo! Anunciá-Lo é uma grande e importante oportunidade de ajudar a dar sentido ao coração das pessoas”, destaca.

Porém, o sacerdote alerta para o fato de que o anúncio precisa ser concretizado. Ele precisa ser colocado em ato se não corre o risco de ser reduzido apenas em palavras, discursos. Neste sentido, concretizar é importante, indica.

O presbítero incentiva os fiéis a irem ao encontro das pessoas que passam fome, frio, que estão doentes, que estão tristes porque perderam seus familiares. Também pede para que todos possam ir ao encontro da esperança, dos desanimados, dos ‘sem-sentido’, dos jovens em depressão.

“Ao sermos missionários da compaixão e esperança vamos ao encontro das pessoas… repito com ênfase: DAS PESSOAS! Ir até elas, encontra-las lá onde elas estão. E amá-las!”. Temos coragem?! O Papa Francisco fala até de uma criatividade renovada para que tenhamos esta coragem audaciosa para irmos e encontrarmos quem está só, triste, doente, faminto. Ninguém se salva sozinho!”, impulsiona.

Viver uma “verdadeira história de amor” com Jesus

O Santo Padre afirma também em sua mensagem que “Jesus precisa de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma ‘verdadeira história de amor’, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão”.

Sobre a frase do Pontífice, padre Daniel complementa frisando que quem não é apaixonado não apaixona ninguém.

“É comum repetirmos assim, em ambientes missionários e eclesiais: ‘se o coração não arde, os pés não andam, as mãos não alcançam, os braços não abraçam…’. O coração apaixonado faz com que o amor não se contenha e alcance horizontes largos. O amor é difusivo… sempre é”, sublinha.

Portanto, o sacerdote frisa que quem fez a experiência de salvação e fé com Jesus Cristo e encontra n´Ele o sentido de vida e cultiva esta vida interior com Ele deseja ir ao encontro de quem precisa. Isso independente de onde estão, tanto nas periferias geográficas quanto nas periferias existenciais.

“Assim, é notável aqui o que o Papa Francisco deseja de cada fiel cristão: o cultivo da experiência de fé, da vida de oração, da busca de intimidade com Jesus Cristo, é importantíssimo para o agir e o entusiasmo missionários. Da oração, o coração se apaixona. Daí, anunciamos o que vimos e ouvimos, conforme os apóstolos Pedro e João”, conclui.

 
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