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Frei Junípero, louco ou alegre?

por Frei Flávio Martins Venâncio, OFMConv


Dentro da espiritualidade franciscana, um dos aspectos que se destaca é a alegria. Ele trás ao mundo um novo modo de viver. Na legenda Perusina ele próprio diz: “O mesmo Senhor, que disse querer fazer de mim um novo louco no mundo, não quis levar-me por outra sabedoria senão esta”. Ele mesmo falou em seu Testamento que era tido como “idiota” e com isso sem qualquer pertença ao grupo dos letrados. E após o encontro com o leproso em sua legenda (II Celano) ele relata que: “... cheio de admiração e de alegria, poucos dias depois tratou de repetir a boa obra”.

A Tradição Franciscana, dentro desse campo da alegria, guardou e sempre faz memória do irmão Frei Junípero. A alegria tanto de Francisco como de Junípero é vibrante.  Essa dinâmica da alegria de Junípero está contida na sua relação com o Cristo Crucificado, no ato de negar-se a si mesmo.

Temos nas Fontes Franciscanas relatos de sua vida, dentro desses relatos, chamamos a atenção para alguns fatos: um dia um doente queria comer um pé de porco, e ele, Frei Junípero, sem pensar, vai até a floresta e corta o pé dum porco. O Dono ao saber que fora um dos frades da cidade, fala para toda a cidade que aqueles frades são ladrões. Francisco reúne a comunidade e ao saber que, Junípero, tinha feito tal ação, recomenda-lhe que peça perdão. Ele vai pedir perdão, mas sem antes relatar o grande ato de caridade que aquele pé de porco tinha feito e como o doente recuperou-se. O Dono do porco humilhava-o com palavras, mas o nosso Frei, contava-lhe sempre sobre a grandiosa caridade. Até que o dono do porco, entende a mensagem, pede perdão a Junípero e manda ao convento um porco de presente para os frades.

Também há o relato em que ele, ele é condenado à forca, pois, por aqueles dias, haveria de passar na cidade um homem que queria matar um senhor dum castelo e Junípero tendo as mesmas características do homem que iria mata-lo é levado ao castelo. E “interrogado quem ele era, respondeu ser um grandíssimo pecador. Perguntado se queria trair a cidade, respondeu ser o maior traidor e indigno de todo bem. Interrogado se queria matar o mencionado senhor do castelo, respondeu que faria coisas piores se o Senhor lhe permitisse.”. Assim, o frei foi condenado à forca. Um morador da cidade, correu ao guardião do convento, para que esse ouvisse a confissão do que seria enforcado, e assim, recebesse o perdão dos seus pecados. Ao chegar no local, o guardião do convento, ao tirar a venda do rosto, viu que era um frei. E Junípero por sua vez, sem se importar com tudo o que estava acontecendo fala ao guardião: “Ó Guardião, como estás bem gordo!”. Imediatamente o guardião foi ao senhor do castelo e suplicou a graça desse, pois aquele homem era Frei Junípero, um dos primeiros companheiros e um dos santos da Ordem.  E assim Junípero não foi enforcado.

Que a Alegria do Evangelho contagie as nossas vidas para sermos, como Francisco e Junípero, outros loucos para o mundo novo. 

 
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