Nós, da Ordem dos Franciscanos Conventuais, valorizamos sua privacidade e estamos comprometidos em proteger seus dados pessoais. As informações fornecidas serão usadas apenas para fins internos, como comunicação sobre atividades, eventos e serviços da instituição.

Ao clicar em aceitar e fechar, você concorda em nos fornecer suas informações pessoais. Esses dados serão mantidos em sigilo e não serão compartilhados com terceiros sem o seu consentimento, dúvidas pode acompanhar a nossa Política de Privacidade.
Aceitar e fechar
 
 
As Três Ordens
  • As três Ordens fundadas por São Francisco de Assis

    As três Ordens fundadas por São Francisco de Assis

    AS ORIGENS

    São Francisco é o fundador de três ordens religiosas:
    Primeira Ordem, dos Frades Menores (OFM).
    Segunda Ordem, das Damas Pobres ou Clarissas (OSC).
    Terceira Ordem, hoje chamada Ordem Franciscana Secular (OFS), dos leigos engajados no mundo.

    A Primeira Ordem, inicialmente conhecida como Ordem dos Menores (O Min), dividiu-se ao longo dos séculos em três ramos:

    Ordem dos Frades Menores Conventuais (OFM Conv).
    Ordem dos Frades Menores (cujo nome histórico é Frades Menores Observantes) (OFM).
    Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (OFM Cap).

    Os três ramos formam juntos a grande Família Franciscana dos Frades Menores. A estas três ordens, acrescentam-se a Terceira Ordem Regular (TOR) e as inúmeras congregações masculinas e, sobretudo, femininas que tiveram origem na Ordem Franciscana Secular (OFS).

    Os Franciscanos Conventuais são a Ordem fundada por São Francisco de Assis, em 1209, com o nome de Frades Menores, ao qual muito cedo se acrescentou o título de Conventuais.
    Desde o seu surgimento, a Ordem dos Frades Menores foi considerada uma verdadeira Ordem religiosa, caracterizada por diversos elementos de grande novidade em relação ao estilo de vida religiosa em voga na época, a vida monástica dos monges e monjas. Seus membros vinham de todas as camadas da sociedade, tornando-se irmãos em torno do princípio evangélico da fraternidade; os irmãos não viviam em mosteiros, mas em itinerância, andando pelo mundo, parando às vezes em eremitérios por breves períodos. Quem os ligava entre si era a figura arrebatadora do pai São Francisco; o espírito franciscano e a unidade entre os frades eram assegurados pela Regra de Vida, escrita pelo pai São Francisco, pelo elo da obediência e por um sinal externo: o hábito franciscano, de cor cinza, em forma de cruz. Duas vezes por ano os frades se reuniam em capítulos para falar sobre as coisas de Deus, para tomar decisões acerca de seu estilo de vida e para cultivar entre si o espírito da fraternidade.
    Era um estilo de vida fascinante! Logo, porém, começaram a aparecer alguns pontos fracos: a formação de novos irmãos estava ficando difícil; havia o perigo da ociosidade; alguns frades já estavam andando à toa, desligados da fraternidade; a falta de estudos tornava os frades frágeis e sujeitos à influência dos hereges, geralmente cultos; a pobreza radical colocava, por vezes, os frades em situação de extrema penúria; não havia como amparar os irmãos doentes e idosos...
    Por tudo isso, a Ordem viveu, nos últimos anos da vida de São Francisco, entre 1220 e 1226, transformações decisivas para o seu futuro, transformações que o próprio São Francisco aprovava e procurava harmonizar com o espírito original de sua fraternidade. Deste modo, foram acrescentados outros elementos característicos da vida franciscana: os frades, de itinerantes se tornaram estáveis, morando em conventos; de iletrados, com Santo Antônio e outros, tornaram-se estudiosos das coisas da religião; buscou-se uma ligação mais estrita com a Igreja por meio do cardeal protetor da Ordem; o zelo pela pregação do Evangelho levou os frades a transferirem seus conventos para dentro das cidades e a se dedicarem ao trabalho pastoral entre o povo; procuraram meios menos precários de sustento com uma consequente administração mais elaborada... Em suma, a Ordem foi aos poucos passando de sua fase, por assim dizer, de adolescência heroica para a fase madura e realista, dando origem a uma síntese fecunda entre espírito e instituição para o futuro da Ordem.
    Essas transformações revelam que a fraternidade franciscana possuía desde o início elementos de mudança que deveriam levá-la a um estilo de vida conventual, como nova dimensão de unidade, fraternidade e apostolado. Com esta tendência, concordavam São Francisco e todos os membros de boa vontade da Ordem e também a Igreja.
    As fontes franciscanas historicamente mais próximas a São Francisco mostram como ele próprio favoreceu estas mudanças, embora fontes tardias pretendam falar de rejeição por parte dele. Segundo textos tardios, retomados por vários historiadores e biógrafos modernos, São Francisco teria assistido ao desvirtuamento do espírito originário de sua Ordem sob a pressão da Igreja e de alguns frades “sabidos”. Disso teria nascido aquele momento dramático da vida de São Francisco de que falam muitas biografias. Esse “drama”, porém, como afirma o reconhecido historiador franciscano, Frei Caetano Esser, nunca existiu.

  •