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São Francisco hoje: A necessidade duma revolução Evangélica

Por: Frei Flavio, OFM Conv. e

Frei Alexandre Patucci, OFM Conv.


São Francisco hoje:  A necessidade duma revolução Evangélica


 

                Dia 04 de outubro a Igreja celebra o dia de São Francisco de Assis. E nós franciscanos temos a grande herança de viver o seu carisma em nossos dias. Viver e honrar tal herança que o nosso Pai nos deixou não é coisa fácil, mas também não é coisa impossível. Sim, nós podemos dentro das nossas estruturas visibilizarem o nosso modo de viver e de ser no mundo. Quando Francisco em seu testamento diz: ‘fazer penitência’ quer dizer queremos uma mudança radical e trabalhamos para isso. Essa mudança aconteceu de fato nos primeiros anos do movimento franciscano. E isso é o grande embate dos nossos dias: como viver essa realidade hoje?

                Os primeiros franciscanos queriam algo totalmente diferente. Não uma nova roupagem, ou uma aparência melhor, uma limpeza, mas um sistema completamente diferente. Por isso, muitos historiadores vão escrever que o movimento franciscano é de fato, uma revolução fundamentada no Evangelho. E assim inicia a regra bulada: A vida e a regra dos frades menores é esta: observar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esse novo jeito de viver o Evangelho só poderia ser vivido fora dos muros, fora da proteção dos senhores feudais, mas sob a proteção do Pai Nosso que está no céu. E Deus conduz Francisco e seus irmãos até os leprosos.

                Os membros da comuna desejam a paz, a harmonia, o entendimento, a liberdade e a felicidade. Porém, isso só é válido para quem vive dentro dos muros. Francisco e seus primeiros companheiros querem viver tais anseios com aqueles que estão fora dos muros, de maneira especial com leprosos. Os leprosos são extremamente importantes no inicio do movimento franciscano. Os irmãos e irmãs estão próximos deles. Os leprosos são também um símbolo para o movimento franciscano, um símbolo significativo: há seres humanos aos quais se nega a dignidade humana. Foi isso que Francisco compreendeu e relatou no seu testamento, que no princípio do seu processo de conversão era difícil suportar os leprosos, mas volta-se para eles e serve-os com misericórdia. Em seu escrito, Boaventura irá descrever o beijo de Francisco no leproso, como se ele tivesse beijado o próprio Jesus. É um relato bonito, mas o verdadeiro leproso sai de cena, desaparece. Mais importante que beijar o leproso era reconhecer que os leprosos eram os excluídos e rejeitados, aquilo que também representa as limitações humanas, abraçadas e beijadas por Francisco.

                Viver essa revolução evangélica foi possível porque os irmãos queriam viver em fraternidade. A fraternidade é um espaço onde eu encontro o Outro que é totalmente diferente de mim, mas que tem seus sonhos, medos, desejos e alegrias. Eram penitentes, ou seja, em permanente processo de conversão a Deus e ao próximo. Os irmãos eram verdadeiros dissidentes, rebeldes que sorriam, cantavam, pregavam as maravilhas de Deus. Declaravam que todas as pessoas são importantes e por isso, enxergava em toda criatura o dom e o bem de Deus em favor da humanidade.

Nesse dia em que celebramos o nosso Pai Francisco de Assis, queremos recordar que os primeiros franciscanos conseguiram viver essa revolução evangélica. E isso, não pode cair no esquecimento. Essa herança que Francisco e seus companheiros nos deixaram constituem o autêntico movimento franciscano das origens, forte e apaixonante, ao qual se pode voltar. Esse retorno aconteceu várias vezes durante os 800 anos da Ordem Franciscana. E não precisamos ser um grande número de pessoas. Francisco começou com um pequeno grupo esse estilo de vida. Toda revolução começa com poucas pessoas. O importante é lutar e estar juntos. Isto cria uma sociedade, um espírito de fraternidade. Um mundo melhor torna-se realidade.

 



Reflexão pessoal sobre o texto: O movimento Franciscano uma revolução evangélica de Frei Jean François Godet-Calofgeras,OFM.

 

 
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